PLATÃO
Uma coisa interessante que Platão pensava, principalmente para a época, era que não era possível provar a existência de deus, contudo acreditar fazia bem.
Isso mostra que, mesmo as pessoas acreditando, Platão tinha a consciência que o catolicismo (ou, no caso, uma espécie de politeísmo) era apenas uma religião, e que não se pode provar, mas não era contra a prática, pois dizia que ter algo superior para crer fazia bem. Esse fato é impressionante, pois a 2000 anos ninguém julgava que os deuses eram apenas “imaginação”, ninguém era ateu.
Em 399 Sócrates foi morto, e Platão foi profundamente afetado pela morte de seu mestre, que este havia lhe dado a base da filosofia, e que agora estava morto oligarquia e democracia de Atenas, então ele publicou uma alegoria, que ainda será tratada.
Nessa época, discordar do ‘senso comum’ era um absurdo, e filósofos, que problematizavam coisas que todos acreditavam que era óbvio eram vistos como bruxos, e mortos (isso porque a Grécia era uma civilização muito avançada, por conta da democracia) Platão era contra a democracia Ateniense. Ele foi para Megara, onde estudou Geometria, ao Egito, onde se dedicou à Astronomia, em Cyrene (norte da África) dedicou-se à matemática, em Crotona (sul da Itália) reuniu-se com os discípulos de Pitágoras, que o influenciaram muito mesmo sendo criticados em alguns de seus livros. Depois de adquirir todo esse conhecimento, supôs que podia apresentar as pesquisas de Sócrates, de quem era discípulo, depois de sua morte, porém aprofundando-as.
Platão também fundou, quando voltou a Atenas, em 380 A.C., sua própria escola filosófica “Academia”, onde reunia seus discípulos para estudar Ciências, Matemática, Geometria e Filosofia. Alguns alunos notáveis são Aristóteles, Xenócrates, Polemo, Heraclides. Mesmo depois de sua morte, a academia continuou existindo, até que em meados de 500, o imperador romano Justiano mandou fechar a Academia.
Platão publicou, em um dos seus livros República o Mito da Caverna, que consiste em três pessoas que estão presos em uma caverna, com outras do lado de fora. Essas pessoas do lado de fora tem um fogo aceso e formas em palitos, de brinquedo, fantoches. Esses fantoches tinham a sombra refletida na parede, como um cavalo do tamanho de uma formiga e vice versa. Todos acreditavam nessa realidade, pois era a única que eles tinham, até que uma dessas pessoas saiu da caverna, e viu as coisas como realmente eram. Essa pessoa representaria o filósofo, ou nesse caso Sócrates, que questionaria aquilo e iria atrás de coisas reais, com provas. Quando a pessoa voltou para a caverna e contou para os outros o que viu, nenhum dos dois acreditou e mataram ele.
Eu gosto muito desse mito pois conta um resumo muito bom de como é a sociedade em vários tempos da história, e hoje as sombras podem ser celulares, com notícias falsas, e o filósofo, alguém que achou errado e foi atrás de provas e mais informações.
Platão, como eu disse antes, foi discípulo de Sócrates, e depois de um tempo, quando todos os seus diálogos tinham Sócrates como personagem principal, ele virou, na Academia, mestre de Aristóteles, porém Aristóteles discordou de algumas ideias Platônicas, mesmo sendo bastante influenciado por seu mestre.
Frases de Platão:
“As cidades somente alcançarão a felicidade se os filósofos se tornarem reis ou se os reis se tornarem filósofos.” Quer dizer que para o mundo prosperar, precisamos de filósofos, ou alguém que questione.
“Tente mover o mundo, mas comece movendo a si mesmo.” Não adianta você querer consertar algo se você não “conserta” a si mesmo.
“Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente, enquanto as pessoas ruins encontrarão um modo de contornar as leis.” Bom, essa aí já fala por ela mesma, é literal.
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